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Exercício dos Seres Imaginários (2008-2016)

Projeto de pesquisa guiado pela criação de figurinos desenvolvido na Oficina de Figurino do Instituto Criar de TV e Cinema e Novas Mídias (São Paulo/SP). O projeto, criado, concebido e orientado por mim, promoveu que jovens estudantes de 8 turmas diferentes, no decorrer de 8 anos consecutivos, desenvolvessem seus Seres Imaginários inspirados em contos de Jorge Luis Borges e Margarita Guerrero.

 

Esta pesquisa foi analisada na dissertação de mestrado Corposmídia em traje de cena: desafios para pensar/criar/mover figurinos e figurinistas no cinema (PUC-SP, 2019), onde pude viabilizar o acesso ao processo de criação e aos desafios que nos propusemos ao inventar novos procedimentos para investigar a relação do corpo com o traje de cena no campo do audiovisual.

Realização: Instituto Criar de TV, Cinema e Novas Mídias

Coordenação Geral e de Figurino: Joana Imparato

Coordenação de Cabelo e Maquiagem: Guta Bodick

Coordenaçao de Cenografia: Antonio Rodrigues

Coordenação de Produção: Liniane Haag Brum e Marcia Gomes

Coordenação de Iluminação: Roberto Augusto 'Sócrates' (Xuxu)

Coordenação de Pós: Caio Cabelo e Marcelo Rodriguez

Coordenação de Fotografia: Olindo Estevão e Marcelo Paez

Fui educadora da Oficina de Figurino do IC da turma 5 a 12, entre os anos 2008 e 2016. Com duração de um ano e 770hrs/aula em cada turma, a oficina teve como intuito preparar jovens de baixa renda para o mundo do trabalho audiovisual, procurando promover o desenvolvimento complexo na reflexão e no fazer, camadas inseparáveis do e no ofício de um figurinista contemporâneo. Além de entender o jovem que vive marginalizado pela metrópole como agente transformador de si e do mundo, o curso pretendeu discutir e ajudar a promover a sua emancipação e autonomia dentro e fora de suas realidades. Nesta caminhada, fui orientada pelas psico-pedagogas Téia Monteferrante Caldaña e Fátima Freire, que me ajudaram a construir um caminho cuidadoso, coerente e afetivo no fazer educativo.

 

Já dizia Paulo Freire, eu seu livro Pedagogia do Oprimido, que 'o conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e em reinvenção'. Diante desta perpectiva, conduzimos o trabalho juntos, eu e os jovens, vivendo a construção do conhecimento sem perder a noção de que educar e ser educado é um jogo onde a única regra é que 'ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo' (FREIRE, 1981).

Asaph
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